Eleições nos EUA 2024 e a economia brasileira

As eleições presidenciais nos Estados Unidos ocorrem em novembro de 2024, e seu resultado pode afetar a economia de países de todo o mundo. E, claro, o Brasil não ficará de fora desses impactos. 

Contudo, faltando alguns meses para o pleito e com tantas divergências sobre o resultado, a economia brasileira é cercada de incertezas. 

Como as eleições afetam a economia como um todo? Dependendo do resultado, qual será os prejuízos ou vantagens para o Brasil? O agronegócio também será impactado?

Bom, certamente, não conseguiremos responder a todos os questionamentos, mas, diante do cenário atual, alguns especialistas fazem análises sobre o que esperar nos próximos meses. 

Confira nosso artigo!

Qual o impacto das eleições nos EUA na economia do Brasil?

De acordo com análises de especialistas consultados pelos mais diversos veículos de notícias, as perspectivas econômicas para o ano de 2024 sinalizam uma fase de desaceleração e incerteza, tanto em nível nacional quanto internacional. 

No cenário interno, as eleições municipais projetam uma desaceleração nas esferas políticas do Brasil. Já no contexto global, as eleições nos Estados Unidos e os conflitos geopolíticos acrescentam uma camada adicional de incertezas. 

Organizações influentes como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Ministério da Fazenda e o mercado financeiro convergem em uma visão compartilhada: o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro provavelmente não avançará em 2024 da mesma forma que em 2023, embora as previsões apresentem variações. 

Além disso, há previsão ainda de desaceleração no PIB, destacando o ciclo de redução da taxa Selic pelo Banco Central (BC) e também as possíveis mudanças nas taxas de juros nos Estados Unidos terão uma influência positiva. 

Quanto a outras variáveis, as estimativas apontam para uma aproximação da inflação à meta de 3% ao ano e uma continuidade na redução das taxas de juros. 

Entretanto, incertezas persistem em relação ao nível final que as taxas de juros atingirão ao término do ciclo de cortes, dependendo, por exemplo, do comprometimento do governo federal com a responsabilidade fiscal. 

Outro ponto que merece destaque refere-se ao controle de gastos e a redução significativa do déficit fiscal, que são vistos como fatores determinantes para evitar incertezas em relação aos compromissos do governo e à trajetória da dívida pública em relação ao PIB. 

O Ministério da Fazenda tem a previsão de zerar o déficit primário em 2024, porém, o mercado financeiro prevê um déficit em torno de 0,8% do PIB.

Perspectivas do agronegócio em 2024

O relatório “Perspectivas para agronegócio brasileiro – 2024”, divulgado recentemente pelo Rabobank Brasil, destaca diversas tendências que podem impactar o setor do agronegócio brasileiro em 2024.

A redução nos preços de insumos, como agroquímicos e fertilizantes, indica uma perspectiva favorável para a produção agrícola. 

O custo de adubação das lavouras de grãos na safra 2022/23 apresentou uma queda média de 36%, refletindo uma diminuição nos valores praticados no mercado brasileiro. 

Além disso, o Rabobank estima que as entregas de insumos devem aumentar, atingindo cerca de 45 milhões de toneladas em 2024. 

Quanto aos grãos, a soja enfrenta pressão nas cotações devido a uma oferta global robusta, enquanto o milho enfrenta desafios climáticos e preços menos atrativos. 

No segmento de proteínas, há perspectivas otimistas para carnes bovina, suína e de frango, com a recuperação da demanda chinesa. 

Destaque para a agroindústria sucroalcooleira, onde o açúcar continua em alta, impulsionado pela queda na oferta exportável de países como Índia e Tailândia. 

O café, embora com preços em declínio, deve enfrentar desafios climáticos, enquanto o suco de laranja mantém perspectivas positivas devido à escassez de oferta. 

O relatório ressalta ainda a necessidade de cautela e gestão financeira eficiente no setor, diante das incertezas climáticas e logísticas ainda presentes.

Produção de Commodities e Rivalidade

Em relação a produção de commodities e a rivalidade entre Brasil e Estados Unidos, ambos os países desempenham um papel significativo na produção de commodities similares, envolvendo-se em uma concorrência global acirrada. 

Enquanto o Brasil se sobressai como o principal produtor global de soja e laranja, os Estados Unidos lideram na produção de milho, carne bovina, peru e frango.

Além disso, vale ressaltar a ascensão do Brasil como um alvo primário para os investimentos chineses em 2024, influenciando diretamente as dinâmicas competitivas entre Washington e Pequim na região latino-americana.

(Com informações da CNN Brasil e Portal Infomoney)

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